Deixe a luz passar!

Deixe a luz passar!
Fiat lux!!!

terça-feira, 15 de julho de 2008

Somos queixosos e culpados demais!!!

Hoje recebi uma mensagem de um amigo dos Pampas, que mostrava o péssimo estado em que se encontram algumas, muitas, estradas do norte do Mato Grosso. Como sempre acontece comigo, fiquei indignado. Mas não com o estado de abandono das estradas e dos povos que habitam as regiões que deveriam supostamente ser servidas por essas estradas. Esses mesmos povos que votam e são enganados sempre. Nós não! Fiquei indignado comigo mesmo e com todos quantos se dizem indignados com esse descaso, sem fazer absolutamente nada, a não ser reclamar.

É uma mentira acreditarmos que precisamos de mais estradas e que bons políticos são os que as constroem. Note que eu disse constroem, porque é só isso que eles fazem: construir. Manter o patrimônio público pra quê? É burrice, afinal renderá votos na próxima eleição. Então, nada de manutenção.

Pensamos, pois, que tudo poderia ser diferente se os governos quisessem mantê-las em bom estado. A questão é que o clima transforma o ambiente em vilão implacável, se é que se pode pensar assim, tornando o custo de manutenção altíssimo, servindo de moeda de troca na hora das eleições. Lembra-se da Transamazônica? Lembra ou sabe como está hoje? Pior do que as mostradas na apresentação.

Eu acredito que podemos, se quisermos, acabar com essa matriz safada, a rodoviária, que depreda e torna pobres muitos e muitos brasileiros. Precisamos é de trens e modernos. Temos um país muito grande, com estradas rodoviárias caras demais para serem mantidas e muita carga para ser transportada, a um custo muito alto.



Não é uma questão só de maus políticos, é também falta de vergonha na cara, nossa cara, que estudamos e aprendemos as malandragens, os atalhos e quem faz uso deles. Por isso somos mais culpados do que os que vendem seus votos por uma cesta básica. Esses, em grande número, estão no limiar da sobrevivência ou são bem educados pelo sistema corrupto do qual todos nós fazemos parte.
Há que se fazer algo urgente. Temos que fazer algo urgente, se não quisermos envelhecer vendo tudo pelo que fomos educados para construir, de forma responsável e comprometida com o bem comum, escorrer pelo esgoto que estão preparando para habitarmos.
Um abraço indignado!!!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Alvo, cidadão!!!

O Estado brasileiro cuida muito bem de seus cidadãos, basta atentarmos para a lei anti-cidadão comum, a da bebida e direção. Que irônico!

Combate-se a bebida, mal que atinge milhares de pessoas de forma direta: os que bebem e em conseqüência deste ato, sofrem ou causam danos de toda e qualquer espécie. Por isso acho a lei bastante interessante. É importante coibir e até mesmo proibir o uso de álcool. Nesse caso, dirigido, sem trocadilho, aos motoristas que tenham a intenção de guiar após a ingestão desse líqüido em suas mais variadas apresentações.

O que me causa estranheza é o fato de não se proibir a fabricação da bebida. Sabemos que nós, fracos de vontade, como somos, certamente cairemos em tentação e beberemos. Esqueceremos que não podemos dirigir, então seremos presos. Mas pagaremos por nossa negligência. Daí eu não entender o Estado. Será que ele, preocupado que é com seus cidadãos, não pensou que se fechar os alambiques, cervejarias, destilarias, vinícolas, bares, etc., não haverá como consumir o que não existir. Bem, vê-se que eu não entendo mesmo, porque não há alguém com insanidade bastante para propor algo dessa natureza. Mexer nessa casa de marimbondos.

Agora, que há algo muito estranho, isso há. Quer dizer que o ônus sempre será pago pelo cidadão comum? Este sempre tem a culpa de todos os males que afligem a sociedade. Se lobbies poderosíssimos são formados para alcançarem objetivos de determinado setor ou grupos, a culpa é do eleitor, não é dos políticos que os representam e da lei eleitoral que não permite ao cidadão saber quem se agrupa, paga e manda nos seus destinos e por conseqüência, nos do País. Isso não é importante para o povo na visão desses políticos e de seus patrões. O que importa é manter a ignorância e o paternalismo estatais, para que estejamos todos dominados, como na música: “tá dominado, tá tudo dominado...”.


O alvo certo continua sendo o cidadão comum, pois ele é imóvel. Não sabe se defender, porque espera que o Estado o faça por ele; logo, essa lei é boa, afinal é para o seu bem. Diminuirão as mortes no trânsito, porque as estradas são boas, há poucos caminhões rodando e quando o fazem, o fazem em pequenos trechos. Escoam produtos até as linhas férreas. O trem é o principal meio de transporte no país continente, Brasil.
Ah, não temos trem e as estradas são péssimas, havia-me esquecido disso. Que coisa, hein? E ainda tem-se que pagar preços altíssimos para se manter esses modelos.
Vá entender!