Deixe a luz passar!

Deixe a luz passar!
Fiat lux!!!

sábado, 9 de agosto de 2008

Memória!!!


Gosto de sentir o cheiro do vento.
Gosto de sentir o sabor do vento.
E quando minha memória temporal avista as várias cenas guardadas
Revivo cada momento aberto pela chave do vento.
As maravilhas dispensam no ar seu aroma e despertam o menino perdido nas manhãs de primavera
Vagueando por entre escombros e entulhos abandonados
Tudo cravado em cheiro e cor na minha mente.
Parece que o tempo deixa de existir e é só respirar que a viagem começa
É breve, certo, mas a vida é breve.
Não há dimensionamento possível nesse entendimento.
Há apenas a ligação entre o que foi e o que será sempre só seu.
Não há multidões nem multiversos capazes de criar ou impedir isso.
Mas há um silêncio adimensional criado entre o ser e o tempo/espaço.
Talvez uma lacuna sem forma, mas paradoxalmente definida, no viajante
Ou então, quem sabe, coisas que navegam pela ponte do tempo e nos pegam reféns frágeis, cansados da viagem.
Mas, se hoje sei que navego numa velocidade incapaz de ser mensurada, sei também que não domino sequer a vontade de lá estar.
Sei apenas que o vento é o senhor dessas emoções.
É ele quem dita, sem hora marcada, a viagem da minha vida.