Deixe a luz passar!

Deixe a luz passar!
Fiat lux!!!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Sou Homem!

                                                              Essa é a Mel dando língua...!
Este texto vai para aqueles que se acham no direito de agredir, porque “sua causa” é a melhor e maior do mundo. É mesmo? Quem disse que eu tenho que ser solidário com essa ou aquela causa? Sou livre e sei muito bem defender aquilo em que acredito, sem contudo, tentar impor qualquer conduta que seja minha a quem quer que seja. Mas, minha opinião, essa sempre darei quando solicitada e oportuna. E mais, toda vez que alguém se opuser às minhas idéias, debateremos em um ambiente saudável e igualitário, não demagogo, mas democrático, sim. Mas, se não for possível, será em qualquer lugar.
Estou publicamente taxado de preconceituoso, por ter comentado em um blog amigo sobre minha posição quanto a salvar pessoas, seres humanos prioritariamente, sem me preocupar, portanto, que tipo de seres humanos são esses.
Quando alguém diz que “muita gente ajuda ser humano, a minoria se preocupa com os outros seres vivos”, mostra uma tendência à demagogia, pondo o ser humano em segundo plano. Veja, conduz opiniões de pessoas contra pessoas. Isso, já denota um desvio digno de análise psicossocial e psiquiátrica, portanto. Comigo não!

Gente ajudando gente é algo para se comemorar e não para se condenar.

Ziggy e um humano!
Priorizar, quer dizer dar um valor maior a alguma coisa ou alguém, em relação a outra coisa ou alguém. Quer dizer que elas têm valores diferentes. Acorda, tem gente morrendo. Sabia? Não, não deve saber. Se sabe, não liga, não é? Afinal, na sua concepção bicho vem primeiro. Isso sim, se não é falso moralismo, é demência mesmo.
Para mim, basta que sejam da minha espécie, seres humanos, para eu me preocupar. Sou livre de quase todos os preconceitos para com minha espécie. Eu disse quase, posto que não sou e não pretendo ser perfeito, mas idiota a ponto de querer salvar bicho em vez de gente, deixo para quem se habilite.
Desconfio de quem renega a própria espécie. Mas, como minha caminhada não começou a um segundo atrás, posso defender meus pontos de vistas, com tranqüilidade, segurança e muita calma que esta me confere. Calma é o que recomendo a quem quer ser diferente sendo igual. Não há muita coisa nova em se defender outras espécies. Há muitos casos na história da humanidade. O que é novo é a forma com que alguns se valem para conseguirem seu intento.

 Petit, o pequinez mestiço, muito bem, dentro de suas possibilidades, obrigado!
Se você me conhecesse, nobelíssimo(a) defensor(a) dos animais, saberia que se estou postando esta mensagem agora é porque tenho um mestiço de pequinez, o qual nos foi - a mim e à minha família - entregue para que cuidássemos do seu viver há dezesseis anos e só foi entregue porque éramos nós, eu e minha família. Hoje, com essa idade - quem tem, gosta e cuida, sabe - ele está cego dos dois olhos, com as patas traseiras quase sem sustentação, não tem mais um de seus mais nobres sentidos, o olfato e, se não bastasse, trocou o dia pela noite. Só estarei livre para dormir por volta das quatro e meia da manhã. Bem, o fato é que estou aqui com um sentimento bem humano em relação a você, mas poderia também ser animalesco para te agradar, o que não quero em momento algum de minha existência, por não confiar em você e em quem assim age. Além disso, senhor(a), saiba que tenho dois poodles, um casal, rejeitado por vários donos, até chegarem às nossas vidas. Mas, afirmo que se tiver que optar pela vida de um ser humano em detrimento da de um animal, optarei pela do ser humano, com todos os defeitos e qualidades inerentes a cada um de nós, seres humanos.
Reitero que não condeno quem quer agir e age diferente, faça o que bem entender o seu senso. Mas às minhas custas, não. Faça com o seu dinheiro como bem disse. Tudo bem.
Portanto, se você se acha no direito de agredir quem você nem ao menos tem idéia de quem seja, sugiro repensar seus preconceitos e “valores tão nobres”, os quais julga ter. Digo isso porque seu senso de julgamento é no mínimo tendencioso.
Defenderei, sim, os animais, até o fim dos meus dias. Contudo, priorizarei os seres humanos até um dia depois disso. E farei isso publicamente, sempre.
Então, não venha posar de "politicamente correto(a)" e "ofendido(a)". Cresça e tire algum proveito desse texto, pois esse é para você, o comentário no blog amigo não era e não é.

domingo, 23 de novembro de 2008

Olho torto!


A rua era torta.
A vida era torta.
Tudo era torto.
Até descobrir que seu olho é que era torto.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Uma lágrima!

flor de maracujá/passion flower

A vida acena
Ao pensamento certo
Pela porta aberta
De um ato incerto.

A montanha não se moveu.
O dia escureceu.
Um raio correu no céu.
A água escorreu.

A terra exalou seu cheiro.
O ar o conduziu.
O sabiá laranjeira também sentiu,
E da disputa cantou o canto.

Como secar essa lágrima,
Se ela não desce?
Como sanar a mente se o coração mente?
Como prosseguir se não há mais trilha?

A orquídea floresce porque encontra o tronco amigo,
Aproveite a primavera e abre o seu melhor sorriso.
Há mágica no olhar que vê da vida o colorido.
Há em você um enigma delicioso.

Que desperta, aguça e aviva a curiosidade.
Será que não estou olhando certo?
Será que é mais simples do que imagino?
Ou será a solidão que afeta os sentidos?

Não, não falo de mim.
E nem de você.
Falo daqueles que por um motivo seu, próprio
Deixaram de existir, trancaram a porta que estava aberta e jogaram a chave fora.

Não conseguem ver ou sentir.
E a lágrima não desce.
Antes seca e o desespero recomeça.
Olhe o dia.

Procure um espelho e veja você.
Seu viço, sua alma e sua vontade.
Acredite, ela está dentro de você.
Ela é você o tempo todo.



Com o vento!

A foto foi extraídaa do site: http://br.geocities.com/vulcoes/Fetna.htm

Vou seguir com o vento.
Entrar em cada fresta de muro e derrubar barreiras
Vou te buscar nas entranhas mais secretas.
Vou seguir com o vento
Acariciar teus cabelos e sussurrar ao teu ouvido.
Vou pensar que por um momento somos únicos.
Vou seguir com o vento
Povoar os desertos e as montanhas
Soprar as superfícies dos rios.
Vou seguir com o vento
Chegar aos pólos e depois
Penetrar os vulcões.
Vou seguir com o vento
Voltar pra casa
E começar tudo de novo!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A estrada ou o caminho?


Uma estrada foi aberta.
O caminhante a usou.
Fez nela seu caminho e desbravou
Seu destino e sua busca incerta.

Olhou horizontes e muitos viu.
Olhou nuvens e em algumas até se molhou.
Olhou o céu e quase sorriu.
Por fim, perdeu-se em atalhos e não mais voltou.

Boa viagem, errante caminhante!!!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Vício!

Era cedo.
Era tarde.
Éramos todos.
Era agora.
Era amanhã.
Éramos perdidos.
Era de mentira.
Era virtual.
Éramos, sem ao menos termos sido.
Era agonizante.
Era mórbido.
Éramos doentios.
Era um vício.

sábado, 8 de novembro de 2008

O que pensar?


Ontem, depois da habitual pelada de sexta-feira, reunimo-nos para a cervejinha e o bate-papo descontraído ziguezagueando os assuntos.

Até que alguém chamou a atenção para o que o Almir relatava. O zunzunzum foi diminuindo e então pudemos todos ouvir um episódio da história de vida do colega, o qual me autorizou a contá-la.

Em mil novecentos e setenta e um, o Almir, ainda um garoto, cursava a escola militar em Guaratinguetá, cidade do Vale do Paraíba, do Frei Galvão, no Estado de São Paulo. Era sábado, ele deixou a escola e saiu para a cidade. Todos fazíamos isso. Era nosso divertimento e momento de sociabilizarmo-nos. Esquecer um pouco do rigor e regras, demais, às quais estávamos afetos para a formação militar. Lá chegando, conheceu uma jovem de nome Isabel, por quem se encantou e, correspondido, passou a um namorico de fim de semana, tudo normal.

No domingo, o Almir, depois de conversarem muito e namorarem mais ainda, e por ter que voltar para a escola, resolveu levar a moça em casa. Estranhou que ela não quisesse e até relutasse contra isso. Insistiu e ela concordou, desde que a deixasse próximo a casa. Acordo feito, seguiram rumo ao endereço da moça. Beijos mil marcaram aquela despedida e ambos concordaram em se encontrar na sexta-feira seguinte. Almir observou ela se afastar e abrir o portão, entrar na casa e sumir ao cerrar-se a porta. Missão cumprida, retomou o caminho de volta à escola.

A semana parecia ter mil anos, não passava. A ansiedade própria da idade imprimia um sofrimento sem fim ao apaixonado Almir. Mas, como tudo tem um fim, aquele martírio também acabou na sexta-feira. Nova liberação. Destino certo ao ponto de encontro marcado com a Isabel, foi.

Lá a ansiedade era por vê-la, tocá-la, beijá-la. Enfim, namorar e tudo que isso significasse.




Sentado, viu os minutos, as horas e sua paciência se esgotarem, sem que a Isabel aparecesse. Frustrado, voltou para a escola. No dia seguinte fez a mesma coisa e nada de Isabel aparecer. Pensou em ir até sua casa e encontrar uma resposta ao cano. Desistiu, pois poderia haver um pai bravo ou um irmão mais velho e pouco sociável.
O domingo foi cheio de dúvidas e receios. Mas, o Almir perseverou. Nada. Isabel parecia simplesmente ter-se esquecido dele. Talvez não tenha significado coisa alguma aquele encontro e ele menos ainda; pensou. Como ela pode tê-lo feito acreditar em um encontro casual, mas promissor, e depois não aparecer, matando suas esperanças no amor? Não, isso não ficaria assim.
Decidido, encaminhou-se ao lugar onde a deixara: sua casa. Lá chegando, anunciou-se com palmas no portão. Apareceu uma senhora. Indagada sobre ali ser a casa de Isabel, a senhora confirmou e o convidou a entrar.
Animado, aceitou o convite. Uma vez no interior da casa, Almir, sentado confortavelmente num sofá, foi interrogado pela senhora, com um álbum de fotografias na mão, sobre quanto tempo se conheciam. Almir contou onde, quando e como haviam se conhecido e sobre o encontro marcado e não acontecido.
Ela entregou-lhe o álbum e perguntou:
- Moço, você pode apontar para mim qual dessas moças é a Isabel?
-Claro que sim. Respondeu apontando para a foto da linda Isabel.
A senhora disse que ele estava certo, que aquela era sua filha Isabel. Mas que eles não poderiam ter-se encontrado. Não no fim de semana passado, porque Isabel havia morrido há oito anos. Almir, assustado, ainda argumentou que não era louco e que namoraram.
A mãe, então, contou sobre Isabel. Disse que ela morreu sem ter concretizado um sonho que levou para o túmulo. Ter namorado um rapaz da Escola de Especialistas da Aeronáutica.

Sem estar completamente refeito da experiência, Almir voltou para a escola e nunca mais soube da Isabel ou sua mãe.
Ontem, confessou que recentemente retornou a Guaratinguetá com sua família, procurou sem sucesso o endereço que tinha na memória. Mas que até hoje não consegue entender o que e como aquilo aconteceu.