Deixe a luz passar!

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Fiat lux!!!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Enigma!


Há uns poucos anos eu tive uma conversa com um amigo. Nessa conversa surgiu um impasse, o qual eu marquei com o ditado: se correr o bicho pega, se parar o bicho come.
Meu amigo, um sujeito inteligentíssimo, disse-me que o jeito era andar. Eu pensei naquele momento nas respostas que eu tentara dar ao enigma e, até então, resultaram inúteis. Mas agora havia uma solução. O enigma estava resolvido, por fim.
Continuei pensando e pensando quase morri. Pudera, pego por outro ditado.
O fato é que constatei outro problema: caminhando será fatal o cansaço, o que levará a uma parada e então... não, sem chance, o bicho não vai se dar bem.
Bem, sábado passado eu estava com meu filho no barbeiro, quando uma conversa com outros dois cidadãos teve início. Um deles dizia que as tarifas que estavam cobrando por seus préstimos mal davam para cobrir os gastos, pagar as contas.
À primeira brecha entrei na conversa, queria saber a que atividade se referiam. Eram donos de uma empresa que aluga caçambas para coleta de entulhos de construções e outros.
Até aí tudo bem, nada de anormal. Mas quando perguntei o que achavam do risco que essas caçambas ofereciam aos motoristas, por ocuparem lugar junto às guias nas ruas, recebi como resposta que a lei garantia a utilização das tais. Certo, é verdade que a lei garante, mas o que a lei não garante é a segurança dos motoristas que se chocam com elas, as quais carecem de sinalização adequada por falta de manutenção. Tecemos vários comentários e citamos uma vasta casuística a respeito, mas, nada concluímos: eles a favor e eu contra, só.
Na segunda-feira, assistindo ao jornal local, soube que três cidadãos haviam perdido suas vidas por terem seus veículos colididos com caçambas: carro e moto. Isso me trouxe uma certa revolta, porque um dos meus argumentos, contrários à sua localização, foi o de que, se há risco, não será uma lei que o excluirá ou diminuirá; será, sim, nossa capacidade de entender esse risco e criar meios físicos de eliminá-lo ou diminuí-lo, tudo legalmente. Citei a vez em que quase colidi com uma em um dia de sol intenso e que por mera sorte não houve a colisão, foi puro reflexo o que evitou o acidente, pois eu estava em cima e a batida traria consequências, no mínimo, desagradáveis a minha família e a mim, materialmente falando. Não aconteceu, ainda bem. Mas, três pessoas não tiveram a mesma sorte no fim de semana.
O bicho é a necessidade que faz com que não se interrompam atividades de risco aos outros; sobreviver é preciso. Pará-la está fora de questão; seriam comidos pelo bicho, então continuam e até se entristecem ao enterrar seus mortos. Mas, só até as lágrimas secarem, as cortinas baixarem e se abrirem, para, então, começar o próximo ato.
Que pena!

17 comentários:

  1. Você fala das caçambas que ficam estacionadas?

    Muitas vezes não se buscam soluções, dão repostas ao bel prazer.

    Fico indignada com situações assim.

    abraços

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  2. ...isso aqui é Brasil, Zé!

    esqueceu disso?

    se não houver contravenções e
    arbitrariedades, que graça tem?

    bj da sumida...

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  3. Finalmente consegui acessar o teu Blog.
    Quanto aos riscos das caçambas estacionárias, mal sinalizadas, cabe aos municípios a regulação e fiscalização das mesmas. Se por um lado os empresários do ramo de coleta de entulhos não fazem a manutenção adequada das caçambas, por outro o município não fiscaliza, pois nos municípios onde existe fiscalização, as caçambas mal sinalizadas são recolhidas por órgão da Prefeitura e isto vai pesar no bolso do empresário. O maior problema no nosso país não é a falta de leis, mas a falta de fiscalização. Abraços.

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  4. Esqueceu de acrescentar o cinismo, a indiferença, a incompetência e, sobretudo, o olhar para o próprio umbigo das nossas autoridades.
    Um abraço!

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  5. Oi Zé,
    nessa atividade e, em tantas outras, percebemos a supremacia do capital sobre o humano.
    O que me consola é que, ainda existe gente que fica estarrecido com tal situação. Não sei, estamos caminhando em curvas tão perigosas...
    Mas, a vida prevalece e haveremos de encontrar o caminho onde o trabalho seja humanizado, gente viva para operar as máquinas e não ser morta por ela...
    um abraço

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  6. Concordo, estamos no Brasil, aqui é assim; nada vale nada!
    beijos querido amigo.

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  7. Passando para desejar uma ótima semana.
    Vá por lá, tenho novidades.
    beijosssssssssssssss

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  8. Às vezes, o "legal" é também "imoral".
    Um grande abraço!

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  9. ô Zé, esse Brasil hem? que há de fazer...

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  10. é amigo,,,
    Com tantos problemas a assolar a vida de todos, até se esconder o bicho acha....rsrrs

    Saudades de ti!


    Beijos avassaladores!

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  11. meu brasil brasileiro....
    tenho novidades por lá.
    Uma ótima semana para você.

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  12. Este comentário foi removido pelo autor.

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  13. Oi, Zé

    Saudades de estar aqui, saudades de te ler por lá.


    Gostei muito do texto, já tinha lido mas não consegui salvar o comentário (aliás isso tem acontecido várias vezes). Espero que hoje dê certo.

    beijos

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  14. Oi amigo, adorei seu comentário. Lembro desta época, se lembro....
    e hoje para encontrar vampiros é fácil. Basta ir para -Brasília, lá cheio de sugadores, e o pior é que o sol não os afeta mais.
    Bom final de semana.
    beijosssssssssssssssss

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  15. Olá! esta é minha primeira visita ao seu blog!cheguei aqui pois li seu comentário no blog do Oliver Pickwick...curti muito esse texto.Há tempos não lia uma critíca tão bem desenvolvida, e de forma tão criativa!com certeza você está no caminho certo para aprender a contar histórias,hehe!Fica aqui meu convite para passar lá no Tia Zulmira!
    Abraço!

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  16. Olá Tia Zulmira!

    Obrigado pelo comentário, mas não consegui acessar o seu blog.

    Um abraço!!!

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