Deixe a luz passar!

Deixe a luz passar!
Fiat lux!!!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O mito é monstro devorador da inteligência humana.

Vêem-se mudanças radicais de comportamento influenciadas e fomentadas pela globalização, pela mudança paradigmática imposta pelos meios de comunicação, pela facilidade de acesso a esses meios e pela velocidade de veiculação de mensagens que eles proporcionam.
O que era traço cultural restrito aos povos primitivos da Oceania, passaram a fazer parte da cultura ocidental. No início, lembro-me bem, algumas pessoas sentiam-se agredidas pelas transformações corporais. Atualmente a prática de alterar a forma e de cultuar alguns ritos importados já fazem parte da percepção visual e atraem a atenção das mídias conquistando novos adeptos.
Lembro-me também dos vikings e de como tomei conhecimento deles em um filme no qual conquistavam uma ilha americana. Eram bárbaros conquistadores e excelentes navegadores que viveram do fim do século oitavo ao início do século onze. Sua mitologia também era bastante interessante. Quem, com mais de, digamos quarenta anos, não lembra do deus Odin? E, de seus filhos Thor e Loki, que originalmente não representavam o bem e o mal, respectivamente, como exposto nos gibis, mas ordem e desordem?
Bem, começo a desconfiar que os mitos devem mesmo cair e que são os grandes monstros devoradores da inteligência da humanidade. O curioso é que são criados pela nossa incapacidade de lidar racionalmente com a ignorância, mesmo que circunstancial, temporal e também com fenômenos naturais que interferem radicalmente com nossas vidas. Penso que estão intimamente relacionados às causas e aos efeito desses fenômenos. Alguns ritos perpetuaram esse ciclo de forma educativa e, creio, mais por uma questão de preservação de espécie do que qualquer outra imediata. Ocorre que os tempos passaram e já não somos mais tão ignorantes de algumas causas e efeitos – aliás, já são até muito bem conhecidos e previsíveis em grande parte. Então, por que manter algumas práticas bárbaras apenas em nome dessa, já desnecessária, pelo menos por esses métodos ritualísticos, sobrevivência? A resposta, talvez não se saiba ainda, não demora e será descoberta e então haverá pressão à mudança; quem sabe criando outros meios de afirmação menos agressivos e destruidores da vida.
Graças à internet recebi uma mensagem ilustrada com estas fotos mostrando a crueldade para com os golfinhos Calderon na Dinamarca. Claro que esse ato se justificava em tempos remotos, afinal precisavam de guerreiros mais do que ecologistas; então, um ato de coragem afirmava o caráter e postura desejados; entendo assim.
Ora, se uma civilização é copiada ou admirada em muitos de seus aspectos culturais, seja porque há uma excelente propaganda midiática ou porque suas práticas éticas direcionam o homem a um futuro responsável, com gente pensando holisticamente no planeta e seus recursos de toda ordem, não se justifica uma prática dessa natureza apenas porque um rapaz do século vinte e um precisa saber que está amadurecendo e porque seus ancestrais o fizeram necessariamente.
Registro meu protesto contra essa matança, a de baleias, de focas, de gorilas e toda a incompreensão e atrocidades, conscientes ou não, para com a vida e principalmente contra o próprio homem, não importando os motivos.
Imagens copiadas da internet