Deixe a luz passar!

Deixe a luz passar!
Fiat lux!!!

domingo, 30 de maio de 2010

Born to be wild: easy rider!!!


Uns nascem para serem selvagens - talvez sejam os redentores de toda a espécie humana, não sei - outros para os admirar e muitos para os odiar, por não entenderem a visão que eles têm ou até mesmo por não compreenderem o momento por que passam e, por isso os detestam, perseguem e tentam destruí-los; algumas vezes conseguem.
Não acho que Dennis Hopper tenha  sido um herói ou algo do gênero, mas sua compreensão de seu tempo era muito apurada. E, sua possível conexão da arte com a realidade está no fato de despertar nos outros um pouco desse sentir e ver, constatar, portanto, o que talvez seja necessário à vida. Viver também é transgredir regras, quebrar correntes escravizantes que impedem a realização livre dos seres. Às vezes isso acontece espontaneamente, sem que tenhamos as correntes presas aos pés e mãos; mas é raro. Então é aí que surgem essas pessoas. Usam o que tiverem à mão para fazer o outro ver aquilo que parece impossível de se ver. As artes servem para isso. E o artista com sua sensibilidade toca as mentes, os espíritos, os acordam, os reanimam trazendo-os à vida com o intuito simples de mostrarem que é possível viver sem vender sua alma a quem quer que seja e de maneira pacífica, de preferência, mas, se preciso for, deve-se ir à luta.
No dia-a-dia vemos gente com esse comportamento, no entanto, um sentimento menor nos invade e nos impede de reconhecê-los. São comuns, não têm mídias disponíveis à divulgação de sua imagem e de suas idéias. Às vezes, nem querem, são o que são sem entenderem bem por que o são, apenas vivem pelo que acreditam; não negociam barato e têm um sentimento de humanidade além do alcance das vistas, são impessoais e alcançam o coletivo exatamente por serem únicos.
Que ser livre não seja nada mais além do reconhecimento de que a vida não pode prescindir da liberdade compartilhada, porque não parece existir liberdade individualmente, senão no conjunto, na sociedade.  E que o medo individual não seja maior do que essa vontade coletiva; sempre.