Deixe a luz passar!

Deixe a luz passar!
Fiat lux!!!

sábado, 28 de junho de 2008

Mensagem genérica!!!



Miriam, a despeito de sua mensagem, tudo bem, não vou reclamar. Mas ainda acho imprescindível a pessoalidade. Não quero dizer que não tenha gostado, porque gostei de receber sua mensagem. O fato que antevejo é o de nos comunicarmos apenas por mensagens genéricas, (como se já não nos bastassem os medicamentos) todos nós, usuários da rede mundial de computadores.

Ora, daqui a pouco estaremos vendo a pessoa querida, os amigos de fé, irmãos e irmãs camaradas somente de modo virtual, uma foto ou outra trabalhada no Photoshop. Não nos lembraremos de que o tempo passou e muitas rugas apareceram, muitos cabelos caíram, os que lutaram bravamente e permaneceram estão grisalhos. Nossos olhos, de não verem, já estão sem brilho. Nossas mãos não sentem mais o calor da mão amiga. Apenas se lembram de "teclar", já não sabem mais acariciar e tampouco se lembram da textura da outra. Nossas mentes se fixarão no imaginário a partir do que fomos, aí seremos, se formos, tão somente lembranças virtuais.

Talvez eu esteja exagerando, mas quero dizer com isso que somos carne, ossos, nervos, vasos sanguíneos e muito sentimento. Se perdermos isso, não creio que teremos muita coisa para lembrar, e acho até que nem vai valer a pena.

Obrigado pela mensagem lembrança, mas não poderia deixar de dizer o que disse, pois tenho muito medo disso acontecer, se é que já não está acontecendo com boa parte dos amigos, de verdade.

Um beijo em sua boa alma,
JT!!!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Mudança de paradigma? O que é isso?




Tenho ouvido essa frase há aproximadamente dez anos e com uma freqüência muito grande. E tenho me perguntado ultimamente, se isso é apenas um mal entendido dos modismos que parecem povoar nossa pseudo inteligência ou capacidade de entender realmente, o que significa mudança de paradigma. Falar apenas, não muda nada. São necessários atos para que algo se modifique e se firme como viável, porque era a vontade de se fazer exatamente aquilo a que se propôs a tal mudança.

Ah, o que é paradigma? Bem, de maneira direta e simples, é um padrão, um modelo que norteia modos de pensar e, conseqüentemente, de agir. Ora, se se quer que um paradigma seja mudado é preciso ter outro pronto para ser apresentado como melhor. Aí é que começam os questionamentos. As vezes em que vi e ouvi pessoas se referindo a mudança de paradigma, não apresentaram substancialmente nada de novo que pudesse e devesse ocupar o lugar do “velho”. Vi apenas recursos de oratória sendo apresentados para, na maioria das vezes, se vender algo, a começar por idéias, as quais tinham oposição imediata, não só por serem novas, mas de tão canalhas que eram.

A mudança era simplesmente subjetiva, pequena, ou sazonal, ou sem consistência para suportar uma demanda alta, sem que os mutantes, supostamente, perdessem com a mudança ineficiente ou danosa, sob vários prismas. O que quero dizer é que não havia dados suficientes para se comprovar a eficácia da proposta de mudança. Ela até podia se mostrar eficiente para aquele período apresentado, mas não garantia a longevidade da mudança, do novo paradigma.
Um exemplo claro é o do governo Lula. Houve uma expectativa grande quanto às propostas de mudanças apresentadas como “plano de governo”, mas não eram. Eram apenas pontos de vistas direcionados a quem enxergava pouco ou nada via, como eu, que ousei acreditar e votar nele, mesmo sendo militar e enfrentando a fúria dos que me conheciam e me questionavam o porquê de ceder meu voto ao PT. Respondia que já não agüentava mais tanta corrupção e desmando dos governos até então estabelecidos. Dizia que um homem desperto do povo poderia mostrar outras faces menos corroídas, e resgatar valores da nossa gente já esquecidos.
Ledo engano!!!